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Qual o sabor do conto que você gostaria de ler?

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Bolinho confeitado do Renatinho

Renatinho tem 1 ano e 8 meses e junto com sua mamãe confeitou esse lindo bolinho. Agora me fala, "quem é que não fica feliz em dia de Sol?"


O relógio desperta. Mais um dia vai começar. É hora de trocar de turno com a amiga Lua. “ Bom descanso, Lua”. “Bom trabalho, Sol”. De trás da montanha, dou uma espiada. É muito cedo ainda, e a maioria das pessoas ainda dorme. Antes de raiar, dou uma espreguiçada. Estico e alongo meus raios. O turno é puxado e vai demorar algumas horas até a Lua voltar. Pelo jeito hoje nem uma soneca eu vou tirar. As nuvens não vieram trabalhar. Você guarda um segredo do Sol? Não conta pra ninguém, mas quando as nuvens me escondem, eu tiro um cochilo!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bolota de sabão


Nasceram de um sopro. Eram muitas, milhares. De diversos tamanhos, pequena, média, grande, minúscula, gigante. Seu tamanho dependia da força que vinha daquele sopro. Algumas flutuavam por muito tempo, quando alcançavam uma boa altura. Outras se espatifavam em segundos – ploft – quando tocadas. Era uma delícia vê-las flutuar, estourar, e a água espirrar.  Aline soprava sem parar, e do seu fôlego fazia surgir bolinhas de sabão que tomavam conta do quintal onde brincava. Muitas ultrapassavam os limites do muro, e flutuavam para algum lugar que Aline não podia alcançar. Imaginou como seria se pudesse voar assim, como aquelas bolhas de água e ar. Como seria ver o mundo de dentro de uma bolinha de sabão?  Desejou viajar dentro de uma delas, assim como se viaja de balão. Mas para isso precisava fabricar a maior bolinha que já tinha feito até então. Uma super bola de sabão. Juntou todo o ar que pôde no pulmão, e bem devagar começou a soprar a vareta. A bolinha começou a surgir, e a cada sopro ela crescia. Logo, lá estava ela. Uma bolota de sabão do seu tamanho!  Pronto, estava feito, mas como Aline entraria na bolota, sem que ela estourasse? Se com um simples toque conseguimos estourar a bolinha, como ela conseguiria transpor todo o seu corpo para dentro da bolota e mantê-la intacta? E depois que ela estivesse dentro, conseguiria ela flutuar com todo o seu peso?  Só testando para saber. Com um dedo Aline cutucou a bolota, e percebeu que aquela era diferente. Ela não era frágil e não estourava facilmente. Sua casca era como uma gelatina. Cutucou uma, duas, e na terceira vez conseguiu colocar toda a mão dentro dela. E a bolota permanecia firme. Depois da mão, foi o braço, depois a outra mão, o outro braço, uma perna, a outra perna e então só faltava a cabeça para ela estar com o corpo todo dentro da bolota. Respirou fundo, fechou os olhos e já! Não podia acreditar. Estava lá dentro e pronta para levantar vôo. Mas como conseguiria colocar a bolota no ar? Deu uma olhada ao redor do quintal em busca de uma idéia e o que encontrou foi uma pá esquecida no chão. Sim era isso! De dentro da bolota deu cambalhotas até que chegou na base da pá. E então chamou Bill, seu cachorro que veio cheirar a bolota e acabou pisando no cabo fazendo com que a bolota fosse arremessada para o alto. Como Bill era um cachorro muito grande, a bolota voou para muito longe do quintal. A decolagem foi um sucesso e Aline estava flutuando! De lá de cima, viu Bill bem pequeno. Sua casa também foi ficando bem pequenininha. E as pessoas na rua pareciam formiguinhas pra lá e pra cá. Como era gostosa aquela sensação. “Todo mundo deveria um dia passear em uma bolinha de sabão”, pensou. De repente, escutou um barulho. “Piu”! E era tudo o que Aline não queria ouvir. Um passarinho pousou na bolota e tentava bicá-la, e de “Piu!” pra “Ploft!” era questão de tempo. Com os braços tentou assustá-lo, mas quanto mais Aline balançava os braços, mais ele bicava. E não teve jeito, PLOFT, a bolota estourou. Aline fechou bem forte os olhos. Ela queria flutuar e não voar. Abriu um olho, depois o outro, e estava agarrada à sua boneca, deitada na sua cama. Despertou de uma soneca gostosa, e era hora de brincar. Do seu baú de brinquedos tirou uma boneca que fazia bolinhas de sabão. E bolas, bolinhas e bolotas preencheram o seu quarto cor-de-rosa.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Bolinho confeitado do Matheus

Dona Centopéia foi a personagem do bolinho "Joaninha sem Bolinha" que o Matheus Guedes Buratti, de 3 aninhos, escolheu e confeitou, com a juda da sua mamãe, para a nossa Casinha. Olha que charme!


"Chegou o grande dia. O dia do baile da Joaninha. Foram meses de preparação para aquela que era prometida ser a festa do ano do Reino Insetário. Todos os insetos haviam sido convidados, das saltitantes pulgas, que pularam metros quando receberam o aviso, às lesmas lerdas, que receberam o convite três semanas antes para conseguirem chegar a tempo. Não se falava em outra coisa nos quatro cantos da cidade. Baratinhas, borboletas, grilos, centopéias pra lá e pra cá no shopping à procura da roupa ideal. Dona Baratinha vai de casaca marrom. Sr. Grilo se comprou um terno verde. A perua Borboleta de vestido estampado. E os sapatos? Bom, os sapatos estão em falta - a Sra. Centopéia comprou todos."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Balão guardador de sonhos

Ele adorava um aniversário. Não recusava nenhum. E não era porque gostava de bolo, do brigadeiro ou dos pirulitos. Ele gostava é das bexigas. Não entendia porque elas ficavam sempre no alto, presas à parede e ali permaneciam até o final da festa. Qual era a lógica? Seja qual for, por causa dela, passava a maior parte da festa imóvel, olhando para cima, indiferente às crianças que brincavam a sua volta, escolhendo a dedo o balão que levaria para casa. Não precisava ser o mais colorido, o mais bonito, mas tinha que ser o maior. Certa vez, perguntaram por que ele gostava tanto de balões.“É onde guardo os meus sonhos”; ”Ei, dá para adiantar o parabéns?” Perceba que é sempre depois de cortado o bolo, que algum adulto tem a brilhante idéia de cortar o barbante das bexigas. Para ele, mais do que apagar a velinha, é quando as bexigas despencam lentamente, o melhor momento da festa. Amarela ou azul. Verde ou rosa. Meninos e meninas disputam a cor da sua preferência. A dele já estava escolhida, desde o momento que chegou e colocou seus olhos sob ela. “Vem para o papai, Bexigão”. De posse dela, o pai amarra um barbante e ele passa o restante da festa exibindo o seu prêmio, andando para lá e para cá com seu balão flutuador. No carro todo o cuidado para não estourar. Em seu quarto, amarra o barbante no pé da sua cama, e lá ele fica guardando seus sonhos noite após noite. E de tanto guardar sonhos, ou ele estoura, ou ele cansa. Perde força, e murcha. E era uma vez um balão guardador de sonhos. O balão tem fim, mas os sonhos permanecem à espera de um próximo para guardá-los. Mamãe já ensinou que nada é para sempre, mas para sempre é possível sonhar. Veja só, chegou um convite para uma nova festa.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mais um bolinho confeitado

E a confeiteira é a Palloma Barros, de 7 anos, de Planaltina de Goiás. Ela escolheu o bolinho "Chuva de Alegria". 

"Nuvens até parecem algodão doce. Terá gosto a nuvem? Se tiver, qual será o sabor? Coloca um punhado de nuvem nas mãos e faz um bolinho. Está servido de um bolinho de nuvem? É como o bolinho de chuva. Vai, experimenta! Nham! Tem gosto de alegria."


Choveu alegria na nossa Casinha. Obrigada, Palloma!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cadê, São João?

Calça remendada. Dente pintado. Chapéu de palha. Pronto para o arraiá, a grande festa do Tio João, ou será São João? Não sou o noivo, mas tô bunito, sô. Com muita sorte, beijo a noiva. Tenho um plano para roubá-la do paçoca. Vai ser fácil pra canjica! E vai ser na quadrilha! Damas de um lado, cavalheiros do outro. Cumprimenta e forma o par. Um atrás do outro e faz o trem andar. Piuíí! “A ponte quebrou, já consertou”, mas o noivo caiu. “Olha a cobra, já foi embora”, mas tem uma noiva no meu colo. Noiva linda de bochechas rosadas, cabelo de trancinha, sorriso de janela. Não sou pamonha e tasco um beijo nela. “Olha o pai da moça, é mentira”, mas na dúvida, prefiro dar no pé. Pé de moleque corre rápido, feito busca-pé. Pula a fogueira, procura São João. "Está na barraca de pinhão". "Aqui ele não está. São João foi pescar, pipoca até lá". Santo que é, só ele pode me salvar. Não sou um batata, mas estou milho verde. Quem não tem medo de pai de noiva? Depois de um quentão, um caipira dá uma sugestão. "Foge no balão". Ei, balão não pode não! Alguém viu São João? "O que se fala é que pescou um peixão, embrulhou na bandeirinha e foi-se embora". Ele vai me achar, e agora? São João, São João, a culpa é toda sua. Acende a fogueira do meu coração e some como fogos de artifício. A cobra sumiu, São João fugiu, o pai da noiva viu. Me resta a maçã do amor. Duas, por favor. Uma para mim, caipira amedrontado; outra para o sogro, caipira empolgado. Empolgado? Pois é, ele me achou. E então, quando penso que vou virar batata roxa cai uma chuva de arroz doce. “Filha, dê um beijo no seu noivo. Não encontrei São João, mas trouxe Santo Antônio”.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bolinho confeitado

Esse é o bolinho confeitado da Bruninha Patti, de 8 anos. Ela escolheu o continho “O Presente da Mamãe”. Mas quem recebeu o presente fomos nós. Obrigada, Bruna pelo lindo bolinho (ops, desenho) ! 


"Olho para as vitrines, e o que vejo é o reflexo de um filho, cansado de caminhar pelos corredores de lojas e desiludido por não encontrar o melhor presente para a melhor mãe do mundo. Poderia não me preocupar. Se eu chegar em casa de mãos vazias, o discurso sincero será - que o maior presente da vida dela sou eu. Acredito nisso, mas não vou me enrolar em um laço de presente. Volto pra casa, na esperança de uma idéia que cruze meu caminho. Mas o que cruzou foi uma flor. Grande e de um vermelho tão intenso, quanto um coração. Eram centenas delas. Centenas de corações. Dá pra embrulhar? Não, não dá. Chego em casa e ela me espera. Abre os braços e me aperta. Certamente está agradecendo o presente sem laço de fita, eu. Mas eu tenho um presente. Pego sua mão, proponho um passeio e te entrego um jardim”  (Do conto O Presente da Mamãe). 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Brincadeira dos Bolinhos Confeitados

E quem confeita os bolinhos é você. 
Escolha um bolinho (ops, continho)!
Pegue uma folha em branco e lápis de cor e faça um desenho do bolinho. 
Envie o bolinho confeitado (ops, desenhado) para casinhadoscontos@gmail.com
Todos os desenhos serão postados no blog e a Casinha oferece um brinde para quem participar. 
Não esqueça de colocar nome da criança, idade e endereço (para envio do brinde). 
Papais e mamães também podem participar!
O pequeno Fabrizio e a Fabiana, mamãe da Bruna já enviaram seus bolinhos.  
Esperamos o seu!
 
Beijinhos e Bolinhos!

Bolinhos confeitados


A boleira prepara o bolo, e as mamães e filhotes confeitam com desenhos.

O conto Joaninha sem Bolinha foi confeitado pela mamãe da Bruninha Patti.

Olha que fofo!  Joaninha sem bolinha, e de pretinho básico!

A Casinha adorou esse bolinho (ops, desenho) ! 




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Em que mundo está João?

Andava quieto e suspirando pelos cantos. Nem com seus brinquedos, ele havia brincado nos últimos dias. Chegava da escola e se trancava no quarto. Mamãe falava, e ele não ouvia. Em que mundo está João, que não fala e só suspira? “Esse menino anda estranho”, comentou a mãe com o pai. “Vai ver tirou nota baixa e não quer nos contar”, comentou o pai com a mãe. “Filho, está tudo bem?” E a resposta, seguida de suspiro: “Está”. “Filho, vem brincar!” E um suspiro, seguido de resposta: “Já sou grande!” E assim suspirando pelos cantos (mais pelos cantos do quarto, de onde ele não mais saía), passaram-se dias. Os pais, preocupados, não sabiam mais o que fazer para agradar: vídeo-game liberado, guloseimas no jantar. Mas nada animava João, que continuava a suspirar no mesmo compasso da respiração. Em que mundo está João, que não come, não brinca, e só suspira? Os pais marcaram uma consulta. “João tem tosse, febre ou dor de barriga?” “João tem suspiros alternados com taquicardia”. “Dói o pé? Dói a cabeça? Dói o dedão?” João, em suspiros, responde que não. “O que dói então, João?” Leva o dedo ao coração. Está explicado, João em suspiros está apaixonado. Na receita do médico, nem injeção e nem remédio. O xarope para a dor, é levar para a donzela uma flor.  Flor não tem em farmácia, pega uma rosa no jardim da praça. Suspira e entrega para ela, e um beijo ele ganha da donzela. Em que mundo, está João, que saiu flutuando? João está curado. João está amando.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Menina de lápis de cor

Folha branca, baú de cores infinitas.
Ela enxágua o papel com um oceano que sai do lápis azul.
Um sol nasce da ponta amarela daquele lápis.
Para um arco-íris, uma caixa de cor.
Ela puxa o verde, e planta uma árvore.
Rega com o lápis branco, que se faz água.
Brota uma flor de tinta rosa.
E voam pinceladas de borboletas.
Ela mistura e faz desabrochar um jardim.
Onde mora uma menina de traço preto.
Olhos vivos de cores mil e mãos de todas as cores.
Do seu coração pulsa um lápis vermelho. 
Nasce uma artista dentro de um desenho.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O presente da Casinha


Esta história fala da amizade entre uma boleira e um garotinho de 4 anos, o Fafá. Fafá ainda não sabe ler, mas gosta de comer bolinhos. É um devorador deles. Ele é capaz de sentir o cheiro do bolinho assando a quilômetros de distância e desde que a Casinha abriu suas portas, Fafá já experimentou todos os continhos.  Todo dia de bolinho, a campainha da Casinha toca. “Oi Dona Boleira, o cheirinho hoje está maravilhoso. É conto do quê? " “É bolo de Joaninha”.  E depois de ganhar o seu pedaço , Fafá vai embora feliz e lambendo os dedos de chocolate. "Até amanhã, Dona Boleira". Din don. “Já é amanhã, hoje tem bolo do quê?”. “Hoje o conto é de lágrima”.  “Humm. Adoro bolinho salgado”. E se despede com seu pedaço de conto nas mãos.  Em um outro dia, depois de amanhã: Toc, toc, toc. “Chegou cedo, Fafá. O bolinho ainda está no forno e vai demorar até assar”. “Hoje eu não vim comer conto, Dona Boleira. Eu trouxe um presente para a Casinha”.  Fala com sorriso maroto e as mãos para trás como quem esconde algo. E então, estica os braços e entrega um bolo confeitado.  “Em gratidão a todos os bolinhos que eu já devorei". Este é o presente do Fafá para a boleira, que agradece emocionada: "Obrigada Fabrizio, você é que é o nosso maior presente e a nossa inspiração  para fazer cada vez mais bolinhos deliciosos”. Din don. "O Fabrizio está ? Vim buscar meu bolo em formato de abraço".